Strata Cut

Parte 3: Jacaré





  • Pernas

    As pernas do jacaré não saíram exatamente como planejado. Podemos ver na animação que ele não parece estar andando, e sim nadando ou flutuando. Vou tentar explicar o porquê de isso ter acontecido no final dessa parte do tutorial.

    Primeiro precisamos determinar as posições principais de cada perna. Como as patas do jacaré são bem curtas, eu resolvi não as dobrar em nenhum momento da animação.


    Depois podemos identificar a forma de cada perna em uma vista superior.


    Apenas mover as pernas de um ponto ao outro não é suficiente, considerando que há também uma inclinação para frente e para trás ao final do movimento. Portanto, os retângulos que formam as pernas devem estar inclinados.


    Para fazer isso é preciso torcer levemente as pernas.


    Após fazer isso nas quatro pernas, podemos fazer os cortes para formar os dedos.


    Existem duas razões principais para esse walk cycle ter ficado meio esquisito:

    1- Eu fiz o comprimento das pernas muito longo (no eixo da profundidade), o que tornou o movimento muito lento quando fatiado e filmado.
    2- Eu não levantei as pernas em nenhum momento do ciclo, o que até funcionaria caso houvesse algum movimento para cima e para baixo no corpo todo do jacaré (que ficaria mais parecido com pulos do que com uma caminhada propriamente dita).


  • Rabo

    A parte mais importante do rabo é o “espaço negativo” (parte laranja). Isso porque na técnica do strata cut, por se tratar de um meio físico, não conseguimos elevar algo sem algum tipo de suporte ou sustentação.
    Então eu primeiramente planejei as 3 posições do rabo (para baixo, levantado e para baixo novamente).



    Depois eu planejei o formato das partes de apoio.



    Uma vez sabendo a forma dessas partes eu pude distribuí-las no tempo.



  • Boca

    Na animação da boca do jacaré, a parte inferior mantém a posição o tempo todo, enquanto a parte superior abre e fecha, mostrando os dentes de baixo. Para facilitar as coisas devemos considerar os dentes de cima como parte da parte superior da boca.

    Os dentes inferiores e o fundo laranja aparecem e desaparecem, porém de maneiras um pouco diferentes. Os dentes aparecem pequenos, pois ainda estão cobertos pelos de cima, e depois aparecem por completo, mantendo o tamanho até a boca fechar novamente. A parte laranja, assim como no rabo, é o espaço negativo. Portanto, continua crescendo conforme a boca vai abrindo, mesmo após os dentes inferiores aparecerem por completo.


    Os dentes inferiores irão parecer uma chapada com leves inclinações no início e no fim, e a parte laranja irá preencher os espaços conforme a boca abre.


    Após isso, devemos fazer os dentes superiores e a parte de cima da boca seguir essa espécie de montanha laranja que criamos.


  • Olhos

    Os olhos são compostos por 3 partes: a pupila, o brilho na pupila e a parte branca. Cada uma dessas partes é um cilindro dentro do outro.


    Para juntar as partes, começamos com o cilindro branco para o brilho. Depois enrolamos essa parte com um retângulo fino de massinha preta, mantendo a parte branca decentralizada. Por último, enrolamos esse cilindro com branco novamente. Para fazer os olhos rodarem como na animação, basta rolar esse cilindro de forma homogênea até ele ficar da espessura desejada.



    Dicas para a montagem

    - Não se esqueça da famosa lei da gravidade. Comece pelas partes inferiores e lembre-se que deve haver um suporte para cada parte construída.
    - Para as partes pequenas, pense no espaço negativo e tente encaixar tudo como em um quebra-cabeça. Caso contrário algumas partes poderão deformar ao serem juntadas.
    - Quando há tantos elementos, a figura acaba ficando muito maior do que o planejado. Então eu recomendo primeiro fazer um desenho e usá-lo como referência/guia.



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